R e e n c a r n a ç ã o

Reencarnação Pluralidade das Existências - Sabemos que temos de retomar a um corpo, como sabemos que temos de morrer um dia, mas ignoramos quando isso se dará. - 330-LE - Nem todos os Espíritos a compreendem, mas alguns podem apressar ou retardar o momento da sua reencarnação por um desejo ardente. Pode igualmente distanciá-lo, recuando diante da prova, pois entre os Espíritos os covardes e indiferentes, continuam sendo o que eram quando encarnados. Nenhum, porém assim procede impunemente, visto que sofre por isso e cedo ou tarde, o Espírito sente a necessidade de progredir, esse é o destino de todos. Uma existência que não dura mais do que alguns anos, alguns meses e, para muitos, algumas horas apenas, ou uma centena de anos para outros, tão desarmônica conforme as condições e os meios em que nos achamos colocados, conforme as faculdades e recursos que nos são outorgados, pode constituir o eixo único sobre o qual repouse todo o conjunto dos nossos destinos imortais? Léon Denis. A convicção de sermos os próprios artífices dos nossos destinos, o que fizer de mau ou de bom, repercutirá em suas vidas sucessivas, servirá ao homem de estímulo para a sua marcha ascendente e o obrigará a vigiar escrupulosamente seus atos. O hoje é consequência rigorosa das atitudes do pretérito e a preparação do futuro, com os corretivos necessários que o Criador nos possibilita para evoluirmos. O Cristo deixou-nos exemplos de entendimento da reencarnação, como vemos nos evangelhos: Respondendo a Nicodemos, disse Jesus: Em verdade vos digo que, se um homem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus. - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem renascer já estando velho? Pode tornar ao ventre de sua mãe para nascer segunda vez? - Respondeu Jesus: Em verdade, vos digo que, se um homem não renascer da água e do Espírito, não poderá entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não admires do que vos tenha dito: é necessário que torneis a nascer. (1010 - L.E ) = João - III: "Quando desciam da montanha (depois da transfiguração), Jesus lhes fez esta recomendação: Não faleis a ninguém do que acabastes de ver, até que o Filho do homem tenha ressuscitado. Perguntaram-lhe então seus discípulos: Por que dizem os escribas ser preciso que primeiro venha Elias? Respondeu-lhes Jesus: É certo que Elias teria de vir e restabelecer todas as coisas. Mas, eu vos declaro que Elias já veio mas não o conheceram e o fizeram sofrer como entenderam. Do mesmo modo darão a morte ao Filho do homem. Compreenderam então seus discípulos que era de João Batista que Ele lhes falava." (Mateus,cap.XVII). Os saduceus não acreditavam na ressurreição (Mt 22,23), crença dos fariseus (At 23,8), ressurreição com reencarnação são conceitos semelhantes, mas eram assuntos controversos naquela época e Jesus estava falando de algo ainda não aceito por todos, como o é ainda hoje. Para os que crêem na reencarnação, Jesus estaria afirmando, categoricamente, que João Batista “a voz que clama no deserto” era Elias, o profeta Tesbita, em nova vida e “eles não o reconheceram”, justamente porque agora estava num novo corpo. Enquanto os contrários, ao invés de verem a reencarnação, sugerem que apenas o ministério de João era semelhante ao que foi o de Elias. Se assim fosse, esta fala de Jesus ficaria sem sentido: “Mas eu vos digo: Elias já veio, e não o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram". Mt 17,12: “E se vocês o quiserem aceitar, João é Elias que devia vir. Quem tem ouvidos, ouça." Mt 11,14-15: “Eles responderam: 'Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que tu és algum dos antigos profetas que ressuscitou'". Lc 9,19:(ver Mt 16,14 e Mc 8,28). A palavra ressuscitar, nessa passagem, tem a nítida conotação de reencarnar e segundo pensavam, ,poderia ser qualquer um dos antigos profetas, o que só seria possível pela reencarnação. Por outro lado, como o Mestre não combateu essa idéia, de certa forma, sanciona a crença na reencarnação, pois, se não fosse uma realidade ele a teria negado com certeza para não deixar equívocos a respeito desse assunto. Uma vez admitida a idéia que JB era Elias, Jeremias, ou outro personagem do passado, então se pode afirmar que essa crença era idêntica à «reencarnação» ou «transmigração».

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